19 de março de 2009

Comunidade Ufopiana é convidada a participar de Audiências Públicas sobre moradia estudantil

O Comitê Permanente de Moradia Estudantil (COMEPE) convida toda a Comunidade Acadêmica da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) para participar das Audiências Públicas que acontecem em 24 de março, às 13h, no Cine Vila Rica de Ouro Preto e em 26 de março, às 19h, no Auditório do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), em Mariana.

O objetivo destas reuniões é apresentar as propostas de construção de novas moradias estudantis e debater a forma como as moradias serão geridas.

Segundo o COPEME, a audiência pública é uma das formas de participação e de controle popular da Administração Pública no Estado Social e Democrático de Direito, que leva a uma decisão com legitimidade e transparência.

E ainda, propicia a troca de informações, o exercício da cidadania e o respeito ao processo legal em sentido substantivo.

Fonte: http://www.ufop.br/index.php?option=com_content&task=view&id=4707&Itemid=196
Disponível em 19 de março de 2009.

5 de março de 2009

Uma aula em Nossa Defesa...

Esse texto tem como pretensão demonstrar que o texto escrito pelo profº do curso de direito da UFOP, Cláudio Henrique, postado em seu blog: http://ribeirodasilva.pro.br/blogdobigus-09-02-20-direita-esquerda-movimento-estudantil-ufop-republicas.html, embora tente se valer de uma argumentação sólida com coerência lógica entre seus argumentos, não possui validade, pois na extrema maioria das suas conclusões se utiliza de premissas falsas.Convém notarmos, inicialmente, que o professor lança mão de termos apelativos e comuns, para defender seu texto e descaracterizar o Movimento que objetiva, entre outras coisas, estranhamente, a democratização de um espaço público de propriedade da União. No texto do profº Claúdio estão presentes conceitos como: direita, esquerda, anti-repúblicas, liberdade, vilãs, destruição, excludente, preconceito, ódio, discriminação, eliminação, desumanização, homofobia.Tentarei elaborar um texto sem tantas palavras ressonantes e clichês, porém com premissas válidas e bem concluídas.A primeira premissa que merece a adjetivação de falsa é aquela que caracteriza o movimento como “anti-república”.Uma elucidação que se faz necessária é a de que o Coletivo Amar e Mudar as Coisas – em nome do qual me pronuncio aqui – não é um movimento anti-república, talvez houvesse uma maior felicidade do professor se o acussasse de movimento anti-repúblicas federais, mas nem por isso estaria correto; pois o Coletivo não possui discordância com repúblicas, nem com os moradores destas, mas sim contra o sistema de seleção e permanência utilizado pelos seus usuários e normatizado pela Universidade.A segunda elucidação tentara desmentir a afirmação de que o Coletivo opta pela seleção socioeconômica excluindo a co-existência de qualquer outro critério. Creio que isso jamais foi dito ou escrito por qualquer individuo que se reivindique participe desse agrupamento - gostaria muito de ser convencido do oposto. Para que não fiquemos apenas em uma troca de argumentos paradoxais e vazios, citarei uma situação concreta, onde essa conduta foi demonstrada. O caso em questão diz respeito ao processo de elaboração do Estatuto das Repúblicas Federais de Mariana, onde o acesso às moradias pela a seleção socioeconômica foi defendido incansavelmente pelos integrantes do Coletivo, porém que a permanência fosse normatizada por outros critérios, dentre os quais estão inclusos os da preservação e respeito do espaço público que representam as repúblicas federais de Mariana e a inexistência de qualquer brincadeira humilhante, sejam elas, trotes. Outro ponto do discurso do profº ao qual convém me ater é quando este diz que entre nossas reivindicações figura: [...]”a destruição da cultura republicana” [...]Gostaria muito que o professor provasse que essa afirmação fora feita por um dos membros do Coletivo! Nós defendemos que qualquer generalização sempre possui caráter preconceituoso e prejudicial, prova disso é que jamais criticamos a tradição de retorno dos ex-alunos as casas. A concordância com esta prática é em tal grau, que a copiamos e comumente presenciamos o retorno dos militantes do Coletivo a nossas residências, onde são muito bem recebidos, nos contam histórias e quase sempre contribuem com soluções para impasses que temos.Felizmente é necessário que nos posicionemos contra algumas práticas do atual sistema, pois do contrário não seríamos um Movimento a propor mudanças, porém falar em destruição de uma cultura é um pouco exagerado - a considerar as postagens realizadas na comunidade da UFOP e outros pronunciamentos públicos. Felizmente é necessário que nos posicionemos contra algumas práticas do atual sistema, pois do contrário não seríamos um Movimento a propor mudanças, porém falar em destruição de uma cultura é um pouco exagerado - a considerar as postagens realizadas na comunidade da UFOP e outros pronunciamentos públicos.A dissertação que o professor elabora no primeiro parágrafo do capítulo que trata de “igualdade e pluralismo” parece atentar contra o próprio sistema que defende. Explico: práticas como a planificação de opiniões e comportamentos, são características do sistema de permanência da maioria das.moradias da UFOP/OP e é este um dos motivos que causa a oposição do nosso movimento.A respeito da acusação de que seriamos preconceituosos, gostaria de tecer algumas reflexões. Ao se referir sobre uma imagem que se encontra no BLOG do Coletivo – especificamente, uma imagem que retrata um primata com uma placa no pescoço, com os dizeres: “Conheça a tradição federal do sadismo! Sou primata, sou feliz!”. Primeiramente, o Prof. Cláudio, nos acusa de “retratar os republicanos como primatas”. Certamente cometemos um enorme erro ao comparamos os primata aos “republicanos”; cabe ressaltar, um enorme erro com os primatas, afinal, não podemos afirmar sobriamente que os primatas pratiquem atos sádicos, como trotes, contra os seres da mesma espécie, até mesmo porque o sadismo é um ato estritamente humano. Com isso podemos concluir, contra a acusação de desumanização, que não estamos desumanizando os “republicanos”; muito pelo contrário, nós estamos humanizando-os, uma vez que o sadismo é um conceito aplicado puramente aos humanos – humanos com algum desvio de comportamento, é claro.Adiante, o Prof. Cláudio também afirma: “Se usassem tal imagem para representar cidadãos de origem afro-brasileira, possivelmente estivessem presos. Talvez, o próprio autor do desenho visse nisso algum preconceito.” O argumento do Prof. Cláudio foi utilizado claramente como uma tentativa de nos promover como racistas. Entretanto, devemos nos atentar ao fato de que é o próprio Prof. Cláudio que alude – quem sabe, inconscientemente - uma possível semelhança entre os afro-descendentes e o desenho do primata, uma vez que em nenhum momento fora feita alguma referência preconceituosa relativa aos afro-descendentes, visto que o desenho tem o propósito único de satirizar os trotes praticados, impunemente, em algumas das repúblicas federais de Ouro Preto. Diante dos prováveis equívocos do Profº Cláudio Henrique, cabe aconselha-lo a dosar suas palavras de acordo com o conhecimento que possuí do movimento estudantil ufopiano; e se, acaso, houve uma má-fé do professor, culminando na tentativa de denegrir o Coletivo Amar e Mudar.as Coisas, com mentiras e análises tendenciosas – como em outrora se fez com o Movimento pela Democratização da Moradia Estudantil, o MDME –, está exposto uma versão da história que tenta se desvencilhar das armadilhas ideológicas na intenção de auxiliar o leitor a formar uma opinião coerente a respeito do ME da UFOP.